25 de jun. de 2008

Como é que pode.....

Os jornais ‘O Estado de São Paulo’ e ‘Jornal da Tarde’ foram processados por publicar anúncios classificados em seus veículos com conteúdo discriminatório. Os anúncios de emprego exigiam ou que os candidatos fossem mulheres, ou que tivessem boa aparência, ou qualquer outra coisa deste tipo.

O juiz do trabalho Edson da Silva determinou que: “os jornais não publiquem anúncios de emprego ou estágio, através dos jornais, revistas ou por internet, com referências ao sexo, etnia, cor, raça, idade, aparência, religião, condições de saúde, situação familiar, estado de gravidez, opinião política, nacionalidade, origem, referência aos requisitos de "boa aparência" ou de "boa apresentação", solicitação de fotos que acompanhem o "curriculuim vitae" do candidato, limitação de idade e qualquer outra forma de discriminação.” Sob pena de multa de mi reais por anúncio.

Isso soa no mínimo estranho. Em alguns casos os empregadores podem precisar de certas características e é um abuso (e um absurdo) um juiz proibir essa empresa de pré-selecionar os candidatos de acordo com as características.E no fim, a única coisa que essa determinação do juiz vai mudar é que, ao invés de escrever isso no anúncio, eles vão marcar entrevistas com pessoas fora do perfil e, depois, vão escolher alguém dentro das características que estão proibidas de anunciar. Só vai dar mais trabalho para os RHs e, no fim, não mudará a contratação.

Exemplos do absurdo que esse juiz comete ao proferir tal determinação:

1 - Uma clínica odontológica precisa de uma (um, pra num ser processado) recepcionista. É errado exigir que o(a) candidato(a) tenha todos os dentes na boca? Quem ficaria na recepção de uma clínica odontológica onde o recepcionista é um exemplo de maus tratos com os dentes?

2 - É errado que uma empresa de transportes que precisa de carregador de caminhão, exija que o candidato seja homem e não tenha problemas de coluna?

3 - Ou uma loja de moda feminina exigir que suas vendedoras sejam mulheres e que saibam se vestir bem?

Esse juiz é um fanfarrão! E o pior é que as publicações já estão condenadas a pagar uma multa e, para cada novo anúncio que esse sr considere preconceituoso, eles devem pagar mais mil reais.

Aí (não tem como evitar a comparação) vem o governo federal (o mesmo que seleciona, treina e paga esse cidadão juiz) e cria cotas para negros em universidades, cota para empregados portadores de deficiência física em empresas de grande porte e outras cositas mais. Já imaginou uma empresa que precise completar seu quadro de deficientes para não ser processada como vai fazer para selecionar seus futuros empregados? Se ele colocar no anúncio que precisa de candidatos com deficiência física e o jornal publicar, ele será multado. A única saída é o jornal já acrescentar mais mil reais em cima do valor do anúncio para pagar a multa.

Tem cara que não sabe pensar. Alguns deles tem cargos importantes e decidem uma boa parte das nossas vidas. Infelizmente.

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