15 de set. de 2011

Ah, a Yahoo... Eu bem que avisei.

Eu já tinha dito aqui, muito tempo atrás, que o presidente do conselho da Yahoo era um animal por não querer vender a sua empresa para a Microsoft quando esta oferecia algo em torno de 10 a 20% além do preço de mercado por cada papel. Comentei que se eu fosse acionista estaria mito bravo por que o papel da Yahoo nunca chegaria àquele valor organicamente.

É difícil para o paio enxergar, mas esse filho só dá despesa... O email Yahoo não é o preferido nem o maior. O portal idem. As redes sociais idem. Os caras são mais ou menos em tudo e seus concorrentes sempre têm, ao menos, um serviço muito bom, líder, preferido, top of mind...

Mas eles não venderam mesmo. Acharam que a empresa iria se recuperar e milagrosamente lançar algum produto que iria fazer da Yahoo uma empresa que valia mais do que os 10 ou 20% a mais que o sr. Gates oferecia.

Agora, como pode ser lido aqui, depois de a companhia passar a valer menos que a metade que o tio Bill ofereceu em 2008 e de só perder mercado para os outros (nunca mais inovou e nem lançou nada de relevante, em uma visão generalizada), eles demitiram a CEO e vão vender... Imagine se eu fosse acionista desde aquela época. Ia querer a cabeça de todo mundo do conselho. Ia pleitear na justiça que eles me pagassem a diferença corrigida enmtre a oferta de 2008 e a oferta que será feita agora.

Se eu fosse o Bill Gates, só de sacanagem, ofereceria hoje uns 10% a menos do que o mercado diz que vale, só pros caras aprenderem que quando boas ofertas aparecem, as pessoas devem agir, não esperar intervenções divinas ou tentar melhorar ainda mais uma proposta que já era irrecusável.

Se quiserem ver a cotação de hoje dos papéis, eles são negociados na NASDAQ e seu código é YHOO. A advfn é uma boa fonte de consultas. Talvez exija cadastro, mas este é grátis.

30 de jun. de 2011

Influências nefastas na economia

"SÃO PAULO - A Vulcabras começa em agosto a produzir uma parte de seus tênis Olympikus na cidade indiana de Chennai. Segundo o presidente da empresa, Milton Cardoso, depois de quatro anos, a fábrica pode partir da produção do chamado cabedal, parte de cima do sapato, para o calçado inteiro. A decisão de comprar uma fábrica na Índia, anunciada em abril, foi uma reação à concorrência dos produtos chineses. "Para ser competitivo, não há alternativa senão produzir em mercados com custo semelhante", afirma Cardoso, que emprega 38 mil pessoas atualmente no Brasil. "O negócio vai se tornando inviável", diz.O presidente da empresa afirma que, além da mão de obra mais barata, a Índia oferece juros mais baixos para financiamentos e equipamentos mais baratos. Ele conta que pagou, na Índia, US$ 21 mil por uma máquina que produz relevos no cabedal e custa R$ 82 mil no Brasil. Com a linha de produção indiana, mesmo que inicialmente focada apenas nos cabedais, a Vulcabras espera recuperar sua rentabilidade. Segundo Cardoso, a empresa apresentou em 2010 um resultado quase nulo pela primeira vez em 11 anos.A companhia também já estuda o mercado indiano, para vender futuramente à população local as marcas Olympikus, Azaleia e Dijean. "Por enquanto é só uma ideia, ainda não há um plano", afirma o presidente.Cardoso, que também chefia a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), considera que mantidas as atuais condições, assim como a Vulcabras, muitas empresas devem transferir suas produções para outros países em 4 anos, cortando empregos no Brasil."

Essa notícia saiu em algum lugar por aí... É triste. Notem que o problema, além do custo da mão de obra, é composto por 1 – Preço dos equipamentos, que no Brasil é o dobro da Índia (isso se chama impostos!!!) e 2 - os Juros de financiamento (isso se chama tapar o sol da inflação com a peneira de juros do COPOM), o que indica que a culpa disso é do governo. Enquanto fingem que estão preocupados com a população brasileira, estão é pouco se fudendo...
Eles não querem oferecer melhores condições à população, querem oferecer assistência até o limite de causar dependência, para nunca mais sair do poder. Se a condição da população realmente melhorar, eles passam a ser menos necessários até o dia quem que serão desnecessários, e acabou o plano de poder da corja. Por isso que, ao invés de fomentar a indústria, preferem sangrá-la e criar empregos fictícios no governo, bolsas mil, e obras inúteis.
Aliás, fomentar a indústria não significa nada de mais não, apenas significa parar de sangrá-las com impostos absurdos, facilitar a compra de equipamentos retirando deles a cobrança impostos absurdos, facilitar a captação de dinheiro na iniciativa privada parando de pagar (através da cessão títulos públicos) juros absurdos a estrangeiros e mega investidores.
Outra coisa importante a ser feita é dar os benefícios fiscais a todos os players de um setor. Quando uma empresa ganha benefícios fiscais de um governo, ganha uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Vantagem que é injusta, pois veio por decreto, e não por trabalho. Dessa forma, quando o governo concede um benefício a uma empresa e não às demais, está interferindo na competição entre elas e quem paga, invariavelmente, são os consumidores.
Ou seja, são medidas simples, não precisa fazer nada, é só parar de fazer coisas nefastas.

17 de jun. de 2011

Fume sem sujar

Confesso que fumo. Tá, eu sei que tal ato é idiota, faz mal à saúde, incomoda as pessoas, custa caro... Mas eu fumo ainda assim e não estou escrevendo para me justificar, pedir desculpas ou ajuda para parar, é outra coisa que me incomoda...

Assim como eu, muitas pessoas fumam no mundo. Estatísticas indicam que são consumidos cerca de 15 bilhões de cigarros por dia no mundo. 15 bilhões! Isso é o mesmo que dizer que se fuma 173.611 cigarros por segundo ou 5,5 QUADRILHÕES de cigarros por ano. No Brasil, fazendo uma conta extrapolando as porcentagens (20% de fumantes x 10 cigarros por dia cada um), posso supor que são fumados cerca 400 milhões de cigarros por dia.

Pois bem, aqui no Brasil (assim como em outros lugares do mundo), uma dos gestos mais comuns de fumantes é o tradicional ‘arremesso de bituca’. Agora, mais uma vez acochambrando, se metade dos cigarros são fumados fora de casa (quando ocorre o arremesso, em casa ninguém faz isso), todos os dias 200 milhões de tocos de cigarro são descartados de maneira incorreta, sem nenhuma preocupação.

Vamos a mais uma conta imprecisa: 1 ponta de cigarro tem aproximadamente 1,6 cm3 - 3.5 cm de altura e 3,85 mm de raio. Assumindo que são descartados incorretamente 200 milhões de cigarros, teremos um montante de 325,8 m3 de bitucas jogadas no chão todos os dias. Para efeito de comparação, isso equivale a quase mil porta malas cheios de um Chevrolet Meriva, ou então 10 containeres. Sabe aquelas caixas de metal que usam um caminhão inteiro para serem transportadas até os navios? Pois bem, são dez TODOS OS DIAS, somente no Brasil – claro, de acordo com contas imprecisas, mas colocando um desvio padrão enorme, digamos uns 30% de variação, teríamos algo entre 7 e 13 containeres por dia de bitucas mal-descartadas. É lixo pra caramba!

E isso vai para nos bueiros, entupindo-os e contribuindo para enchentes, vai parar nos rios, contribuindo para a desoxigenação do rio e sua conseqüente morte, pode ser comido por animais aquáticos que também morrerão... Enfim, toda sorte de desgraças.

Eu já fui um desses fumantes, mas me orgulho em dizer que há pelo menos 5 ou 6 anos não jogo mais nenhuma ponta de cigarro fora do lixo. É simples, jogo no cinzeiro ou apago e jogo no lixo. Não custa. Mas se não custa, por que não consigo convencer ninguém a fazer isso? É impressionante a sorte de reações que eu vejo. Alguns se tocam e dizem, é verdade, mas não recolhem a ponta que acabaram de jogar e nem se lembram de dar o destino correto da próxima. Outros são ainda piores, me chamam de eco-chato, de fresco, de metido a salvador do mundo...

Alguns ainda me perguntam: Você acha que só por que você está jogando no lixo isso representará alguma diferença? Eu respondo: Alguém tem que começar, né? Se a diferença é pequena, me ajuda aí, faça você também que juntos a gente faz duas vezes mais diferença. Mas a minha vontade é dizer: Que pergunta idiota é essa? Os fumantes serão sempre UM SÓ, e precisamos que cada UM SÓ fumante faça o mesmo. Mas aí que eu não consigo apoio mesmo. Então, normalmente, fico com a versão polida da resposta.


Quando eu decidi não jogar mais lixo no chão, logo me deparei com o problema dos cigarros. Era fácil guardar papel de bala, de chocolate, flyers e volantes etc até chegar a um lixo, mas as bitucas têm cheiro forte e isso desestimula. Desestimula, mas não diminui a minha responsabilidade sobre o lixo que eu estou gerando.

Hoje eu apago e seguro na mão até a primeira oportunidade. E ela nunca está tão longe assim. Uma lixeira pública, de um bar ou um cinzeiro... Fácil. Sempre tem. É questão de costume. Hoje eu faço isso no automático. Acabei o cigarro eu o apago e jogo no primeiro lugar adequado que vir. Às vezes, inclusive me flagro levantando do sofá de casa, caminhando até a janela par jogar a brasa fora e voltando para jogar a ponta no cinzeiro, ao invés de só jogar no cinzeiro. É automático. No começo é preciso vontade para se policiar, mas em pouco tempo o gesto é incorporado...

Então, se você fuma assim como eu, azar o nosso, mas não deixe o problema mudar de esfera, jogue o seu lixo em locais adequados. E jogue todo o seu lixo assim. O planeta agradece.

16 de jun. de 2011

Será que volta?

O le melão tinha virado .com, mas a licença venceu e, sem atualizações, não foi renovada. O sr Centenário tem as postagens do .com, mas não sei se terá paciência de upar tudo aqui de volta. E por falar em volta, ando com uma vontade de ter um blog de novo. Que tal o le melão? Será que volta?

1 de set. de 2008

Cabeçon, O Le Melão agora é lemelao.com


Vai ficar aí parado? Corre lá conhecer!