Nada está mais na moda do que falar sobre a atração que a Amazônia desperta em governos, ongs e milionários estrangeiros. Eles querem a internacionalização da Amazônia, se não dá certo, se unem para juntar dinheiro e comprá-la. Em breve eles devem chegar a solução de uma invasão armada, num fenômeno parecido com a invasão do Iraque.
Pois bem, o governo brasileiro está estudando em caráter emergencial a criação de leis que limitem o tamanho de propriedades no Brasil que podem ser adquiridos por estrangeiros. Isso deve acelerar o estudo gringo de uma invasão. Ou não, vai saber...
Numa festa, há quase dez anos atrás, meu amigo Jordi, muito bêbado, falou para um destes eco-chatos que estava por lá que nós deveríamos incendiar a Amazônia inteira de uma vez e, se der, cobri-la inteira com concreto por que nós a perderíamos mais cedo ou mais tarde, então, que fosse por nossas mãos. Meu amigo é um profeta.
Agora, fico pensando eu: O pessoal da Europa quer a Amazônia por acreditar que nós não temos condições de preservá-la. Balela, eles querem é espaço para produzir alimentos e para desenvolvimento de pesquisas (especialmente de medicamentos) para seu próprio enriquecimento. Haja visto que muitas receitas de cura indígenas são patenteadas por empresas européias e japonesas. Até a fórmula do chá de Santo Daime eles patentearam.
Voltando ás críticas que são feitas ao Brasil por europeus, há dois clichês que põe por água abaixo toda a sua argumentação. Com certeza clichês aqui em terras tupiniquins. Duvido que jornais ingleses, franceses e etc publiquem coisas deste tipo. Enfim...
O primeiro e maior clichê de todos diz: Eles esgotaram com todas as suas florestas, esgotaram com grandes florestas ao redor do mundo e agora querem cuidar da nossa que é uma das únicas que sobraram. Que vão lamber sabão, historicamente eles já provaram não ser habilidosos ao cuidar de florestas;
O segundo, menos publicado mas o meu preferido, é o seguinte: Eles reclamam do desmatamento da Amazônia, entretanto são eles os maiores compradores (disparado) de madeira retirada ilegalmente da floresta. Quase 80% do que é retirado daqui é vendido na Europa e no Japão. Muito mais na Europa, mas o Japão tem boa participação. O transporte dessa madeira é feito por empresas européias. Algumas serrarias são propriedade de investidores estrangeiros. Aí eu tenho o direito de perguntar, se eles compram a madeira financiando a extração predatória e incentivando-a com uma alta demanda, por que raios acham que têm condições de salvar um dos nossos maiores patrimônios, tão duramente tomado e comprado dos nossos vizinhos sul-americanos?
Já disse isso antes, mas repito. Que vão lamber sabão.
29 de mai. de 2008
Amazônia Internacional – Vão lamber sabão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário